Polícia altera tipificação e índio responderá por estupro de vulnerável
Inquérito foi concluído e encaminhado para o Ministério Público estadual (MP-BA).

CORREIO - 05/02/2020 - 08:51
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A Polícia Civil encerrou as investigações do caso de suspeita de estupro da jovem Maria do Carmo Ribeiro, de 27 anos, no dia 21 de janeiro, em Caraíva, distrito de Porto Seguro. O inquérito foi concluído e encaminhado para o Ministério Público estadual (MP-BA). As qualificações do crime também foram alteradas.

Inicialmente, o índio pataxó Tacio da Conceição Bonfim foi autuado em flagrante por crime de importunação sexual e furto do celular da vítima. Após a investigação, a polícia decidiu que ele agora responderá por crimes de estupro de vulnerável, já que a vítima estava dormindo e sem possibilidade de se defender, e roubo qualificado, já que ele entrou na casa escalando uma escada e levou o celular da jovem.

De acordo com o advogado da vítima, Alex Ornelas, além dos depoimentos colhidos, uma perícia foi realizada na casa de Maria do Carmo nesta segunda-feira (3). "A polícia foi até Caraíva e realizou a perícia na casa dela, para ver a altura que foi escalada, verificar como ele entrou e saiu do imóvel e outros detalhes", explica.

Tacio foi detido no dia seguinte ao crime e teve prisão preventiva decretada no dia 29 de janeiro, após novo depoimento de Maria do Carmo, de testemunhas e do surgimento de uma segunda vítima. 

Com a conclusão do inquérito, o MP-BA denunciou Tacio por estupro de vulnerável e furto qualificado por invadir a residência daa mulher e “praticar atos libidinosos” com a vítima enquanto ela dormia. A denúncia foi oferecida à Justiça pela promotora Michelle Souto, na segunda-feira (3).

O MP acrescentou ainda que, segundo a denúncia, Tácio Bonfim é suspeito de ter cometido abusos contra mais cinco mulheres.

Maria disse se sentir mais tranquila ao ver seu agressor preso. "Recebi amor de amigos, desconhecidos, família, apoio da comunidade e da polícia, que me ouviu novamente e tem me dado suporte. Já estou dormindo melhor também, embora às vezes ainda tenha pesadelos. Me sinto bem mais forte que semana passada", declarou ela, que uma semana após o crime relatou dificuldade para dormir.

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