A Secretaria de Meio Ambiente do município de Santa Cruz Cabrália, ninformou nesta terça-feira (30) que pediu a Fundação SOS Mata Atlântica, uma das responsáveis pelo monitoramento que apontou que a cidade foi a que mais desmatou a Mata Atlântica na Bahia, em 2016, a localização de onde foram registradas as ocorrências. O município quer identificar se a retirada de madeira ocorreu de forma ilegal.
A ONG Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram na segunda-feira (29) novos dados do Atlas da Mata Atlântica, com dados sobre sua conservação. A Bahia foi o estado com mais desmatamento: 122,8 km² (alta de 207% em relação ao ano anterior, quando foram destruídos 39,9 km²).
Dois municípios baianos, Santa Cruz Cabrália e Belmonte, na costa do descobrimento, foram apontados como os maiores desmatadores, com derrubada de 30,5 km² e 21,1 km², respectivamente. A Mata Atlântica está distribuída ao longo da costa atlântica do Brasil, e se espalha também para áreas da Argentina e do Paraguai.
"Em uma parte há supressão autorizada e outra parte deve ser crime ambiental. E onde for detectado crime ambiental, os órgãos vão atuar, porque trabalhamos em conjunto: estado, município e União", destacou o secretário de meio ambiente de Santa Cruz Cabrália Euclides Sena.
"O secretário de Meio Ambiente já está tomando as devidas providências para localizar o proprietário e notificar essa devastação. E em contrapartida, a Secretaria de Agricultura não vai permitir nenhum tipo de plantio em área devastada no nosso município", afirma o superintendente de Agricultura do município, José Raimundo Galvão.