A revenda de combustíveis da Bahia foi surpreendida no final do ano de 2021 com o reajuste dos combustíveis comunicado pela Refinaria Mataripe, administrada pela Acelen, ligada ao fundo árabe Mubadala. Está em vigor, desde o dia 1º de janeiro, aumento de R$ 0,21 para a gasolina A, de R$ 0,13 para o diesel S10 e R$ 0,14 para o diesel S500.
O primeiro aumento nos preços dos combustíveis do ano anunciado pela Acelen preocupa o Sindicombustíveis Bahia. “A política de preço adotada pela Refinaria Mataripe destoa da praticada pela Petrobras e aponta para um desequilíbrio no mercado de refino do petróleo, já que não há uma concorrência direta da Petrobras pelo mercado de abrangência do grupo árabe (Bahia e Sergipe). Além disso, a estrutura portuária da Bahia não está adequada para receber grandes navios petroleiros e isso impedirá as distribuidoras de buscarem alternativas no mercado internacional”, declara o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas.
Somado ao reajuste anunciado pela Acelen, o diesel também terá impacto em seu custo de R$ 0,06 em função do biodiesel, que é misturado ao produto e que sofreu aumento em 1º de janeiro de 2022.
Houve também aumento do Gás Natural Veicular (GNV) pela Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás). A tarifa do GNV foi reajustada em 3,88% (média de todos os segmentos), no primeiro dia do ano novo, conforme Resolução Nº 59 da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), publicada no Diário Oficial do Estado de 30 de dezembro de 2021.
O Sindicombustíveis Bahia reafirma que não interfere no mercado e respeita a livre concorrência.