Após invadir o espaço de uma creche inacabada no bairro Pereirão em Itabela, representantes de um grupo estiveram reunidos com o prefeito de Itabela, Luciano Francisquetto, na manhã deste domingo (8), onde discutiram o assunto. A ação do grupo que derrubou o muro da local e entrou chegou a ocupar o prédio do local, ocorreu no início da manhã de hoje e foi promovida por cerca de 60 pessoas.
A reunião foi acompanhada pelo comandante da Polícia Militar de Itabela, tenente Diego Araújo, e alguns secretários. Conforme os relatos do grupo, a ação foi motivada pelo abandono do local, onde a área vem acumulando muito lixo, insetos e atraído usuários de drogas durante a noite, perturbando os moradores do bairro.
Conforme informações, na reunião, foi explicado ao grupo sobre o abandono da obra, que é de jurisdição federal e que está embargada devido a não prestação de contas de gestão anteriores. Na proposta de pedir a retomada do local, o prefeito se comprometeu a intensificar o trabalho de limpeza da área e a Polícia Militar vai dobrar o número de rondas nas imediações do local.
Ainda segundo informações, o gestor se comprometeu a buscar em Brasília informações sobre o andamento da obra e buscar fontes de recursos para a conclusão.
Os representantes dos moradores agradeceram ao gestor pelo diálogo e se comprometeram a deixar o local ainda neste domingo.
SOBRE A OBRA
Conforme informações, a obra do prédio destinado à instalação de uma creche/escola de educação infantil em Itabela, dentro do Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), foi iniciada na gestão do ex-prefeito Osvaldo Gomes Caribé (PMDB), no período dos anos de 2010 a 2012.
A obra que é de recurso federal, tem um valor do projeto de cerca de R$ 1,2 milhão. Ainda conforme informações, já teriam sido gastos na obra cerca de R$ 880.493.43, representando cerca de 74% do valor total. A verba era oriunda do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb).
O ex-prefeito e as empresas envolvidas na construção da obra são investigados em operação da PF.