Cinco cidades baianas decretaram situação de emergência por conta das fortes chuvas que atingem o estado desde a última semana. Somente em novembro foram registrados 469 mm de chuva, quase quatro vezes mais do que o esperado para o mês.
De acordo com Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), 31.806 pessoas foram afetadas pelos temporais, das quais 3.564 encontram-se desalojadas e 227, desabrigadas. Os municípios do Prado, Baixa Grande, Itabuna, Santa Cruz Cabrália e Wenceslau Guimarães são os mais atingidos.
A Defesa Civil informou que montou uma operação para fornecer suporte e desenvolver ações que permitam a redução de danos. Equipes técnicas foram enviadas a Itamaraju, Prado e Teixeira de Freitas como o objetivo de fazer um levantamento preliminar com informações e demandas locais.
A cidade de Ibotirama, no oeste da Bahia, foi a cidade brasileira que mais registrou chuva nesta terça-feira, 29, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em Itamaraju, no sul da Bahia, cerca de 180 pessoas que moravam próximo do Rio Jucuruçu precisaram deixar suas casas devido aos riscos de deslizamento. No domingo, 27, uma cratera se abriu na BA-284, principal ligação com a cidade de Jucuruçu.
Em Prado, município que registrou cerca de 4 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas, teve a estrada de acesso ao distrito de Comuruxatiba parcialmente liberada nesta terça.
As cidades de Cachoeira e Santo Amaro, no recôncavo da Bahia, registraram alagamentos devido à enchente do Rio Subaé, que transbordou.
O tempo chuvoso, resultado de uma convergência de umidade entre o litoral e a região central, deve continuar durante a semana no estado. De acordo com o Inmet, os maiores acumulados de chuva se concentrarão em áreas do Centro-Sul da Bahia.
A espera é que as chuvas percam intensidade até o final da semana, mas há um alerta de intensificação dos ventos com rajadas no litoral nas próximas 48h a 72h. Com informações do Portal A Tarde