Pataxós concluem formação intercultural de educadores indígenas
Os índios das cidades de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Prado vão se tornar professores nas áreas de Ciências da Vida e da Natureza

COM INFORMAÇÕES DA UFMG - 20/05/2019 - 19:12
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Dez índios Pataxós Xakriabá das cidades de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Prado iram colar grau e se tornar professores nesta terça-feira (21) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles concluíram a Formação Intercultural de Educadores Indígenas (Fiei), oferecida pela Faculdade de Educação (FAE), com habilitação em Ciências da Vida e da Natureza.

O curso, que tem enfoque intercultural, prepara os indígenas para atuarem como professores nos anos finais dos ensinos fundamental e médio, nas áreas de Línguas, Artes e Literaturas; Matemática; Ciências da Vida e da Natureza e Ciências Sociais e Humanidades.

UM PÉ NA SALA, OUTRO NA ALDEIA
A formação respeita o comprometimento dos estudantes com as suas comunidades indígenas, e suas questões sociais inspiram o percurso acadêmico, que se divide entre a sala de aula e os espaços de atuação. O objetivo é que os novos professores, com a licenciatura plena em uma das áreas, possam intervir de forma transformadora em suas comunidades.

O curso conta com apoio do Conselho Consultivo de Lideranças Indígenas, instituído em 2013. O Conselho é representado pelas etnias Pataxó, Xacriabá e Pataxó-Hã-Hã-Hãe. A primeira turma formou-se naquele mesmo ano, na habilitação Ciências Sociais e Humanidades. Desde então, uma nova turma é constituída a cada ano, seguindo uma sequência de habilitações.

Outros vinte índios também colarão grau nesta terça-feira. Quinze formandos da etnia Xacriabá são de São João das Missões (MG). Três professores da etnia Pataxó Hãhãhãe vivem em Itaju do Colônia e Pau Brasil (BA), e outros dois pataxós moram em Itapecerica (MG).

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