Um grupo de moradores vai interromper na manhã terça-feira, 13, a partir das 5h da manhã, a travessia das canoas entre Nova Caraíva e Caraíva, distrito de Porto Seguro. De acordo com os moradores, a ação é em protesto contra a situação que foram deixadas a escola e os estudantes da localidade. O protesto tem o apoio de todas as associações da comunidade, estudantes, pais, professores, empresários e da ONG Caraíva Viva.
“A obra da escola municipal de Caraíva – que atende 214 crianças de Velha e Nova Caraíva, Xandó e Barra Velha – tem previsão de término para julho de 2023. Mas a única coisa feita em 7 meses foi colocar tapumes e derrubar o telhado. Esse prazo, portanto, não será cumprido. ” Disse em nota à imprensa.
Ainda segundo os moradores, a prefeitura de Porto Seguro tinha conhecimento de que o imóvel emprestado para que as crianças tivessem as aulas presenciais teria de ser devolvido em 30 de agosto. Mesmo assim, durante todos esses meses, não se organizou para garantir um novo espaço.
“O resultado disso é que cinco séries de ensino fundamental voltarão ao ensino à distância, com todos os prejuízos pedagógicos, sociais e psicológicos que esse tipo de situação provoca, conforme variados estudos feitos durante a pandemia. ” Disse um dos organizadores.
Pais e professores alegam ainda, que os efeitos da interrupção das aulas presenciais sobre a educação das crianças serão irreversíveis. “Portanto é URGENTE que a Prefeitura, na pessoa do prefeito Jânio Natal, cumpra sua obrigação legal e encontre uma solução que garanta o direito constitucional a educação dos nossos meninos e meninas.”.